Atividades Notícias | 16 Outubro, 2020

Exposição ADN_FRESS

O ADN da FRESS em exposição

O Museu de Artes Decorativas Portugueses (MADP) acolhe, a partir desta sexta-feira, 16 de outubro,  a exposição “ADN_FRESS” com dezenas de trabalhos em madeira criados pelos formandos da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva.

Muitas diferenças os separam. Mas estão juntos pela mesma paixão: a de trabalhar e de transformar a madeira. Foi, sobretudo, esse gosto que os levou a inscreverem-se nos cursos de marceneiro entalhador e marceneiro embutidor da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva  (FRESS). Esta sexta-feira (16 de outubro) apresentam os seus trabalhos finais na exposição “ADN_FRESS” que estará patente na Sala dos Chavões do Museu de Artes Decorativas Portuguesas, em Lisboa, até ao próximo mês de janeiro.

Ao longo da sala, alinham-se duas filas de secretárias e um conjunto variado de objetos construídos com diferentes tipos madeiras. São dezenas de peças iluminadas pelo entusiasmo com que estes formandos, orientados pelos Mestres da FRESS, se entregaram à arte de esculpir as madeiras ao longo de dois anos.

Entre eles há um arquiteto, uma brasileira, um engenheiro, a filha de um serralheiro, o neto de um polícia. Muitas histórias de vida. A mesma ambição de fazer carreira no campo das artes e ofícios.

“ADN_FRESS” é uma homenagem às mãos que preservam as artes decorativas e os ofícios tradicionais portugueses.

Aos novos formandos que iniciam agora o seu percurso, a administradora da Fundação e gestora da formação, Isabel Corte-Real, apela ao seu envolvimento no processo do conhecimento e do saber fazer que, nas oficinas e nas aulas teóricas “irão congregar passado, presente e futuro.”

Sublinha que “há um valor simbólico nestes espaços da FRESS que irão percorrer connosco”. Trata-se do “contexto da instituição que congrega o Museu de Artes Decorativas Portuguesas, as 16 oficinas e o Departamento de Conservação e Restauro.”

Isabel Corte-Real convoca formadores e formandos “elo de uma cadeia ininterrupta”, notando que “cabe também às gerações formadas por esta Fundação” e igualmente aos novos formandos “assegurarem o futuro, manterem vivas estas tradições, tornarem se profissionais e virem a transmitir.”

História e tradição “podem caminhar juntos”, salienta Isabel Corte-Real, adiantando: “pode-se renovar o tradicional perpetuando o aos olhos de hoje, sem nunca perder a qualidade”, já que “a artesã, o artesão coloca a sua paixão no centro do seu ofício e a sua perseverança ao serviço do seu Know-how” e o trabalho que produz “faz a diferença e é único.”

As exposições com os trabalhos realizados pelos formandos que escolhem a FRESS e o Museu Escola fundado por Ricardo do Espírito Santo Silva, para a aprendizagem das artes e ofícios, realizam-se  desde 1995, no verão, e já foram acolhidas no Convento do Beato e na  Livraria Barata, além do MADP. Só a partir do ano passado, porém, passaram a ser denominadas de “ADN_FRESS”. Devido à pandemia, a mostra de 2020 só abre portas esta sexta-feira e poderá ser visitada até ao início do próximo ano.

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Exposição ADN_FRESS