Sala Hexagonal
A original planimetria que dá o nome a este pequeno compartimento é valorizada pelos motivos ao gosto neoclássico que decoram paredes e teto, simulando estuques. Uma das vitrinas expõe um dos mais interessantes conjuntos pictóricos das coleções do Museu, pintado por Nicolas Delerive, artista de origem francesa que exerceu atividade em Portugal, vindo a destacar-se como retratista da sociedade e dos costumes da vida lisboeta dos finais do século XVIII e inícios do XIX. Constituída por 14 pequenas pinturas, esta série representa diversas atividades oficinais e costumes: o feirante do mondi nuovi, a assadora de castanhas, o garrafeiro, o amolador, o ferreiro, o serralheiro, o pedinte cego, o padeiro, a sopa dos presos, os aguadeiros, o cadeireiro, o marceneiro de rodas de carroça e, evocando a dissolução de costumes do final do antigo regime, duas cenas de bordel com frades.
O núcleo de ourivesaria civil exposto na outra vitrina oferece uma amostragem da produção nacional do neoclassicismo. Entre outras peças, merece especial atenção o quase miniatural serviço de chá, tête-à-tête, executado pelo ourives António Firmo da Costa, seguindo a inspiração dos modelos Adam ingleses.