A Fundação Ricardo Do Espírito Santo Silva
A Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva é criada em 1953 pelo banqueiro e colecionador Ricardo do Espírito Santo Silva. É constituída, desde o início, pelo Museu-Escola das Artes Decorativas, instalado no Palácio Azurara – classificado como Património Imóvel de Interesse Publico – que alberga uma importante Coleção de Arte doada pelo seu Fundador, dedicado à manutenção da arte do “saber-fazer” e à preservação das técnicas especializadas das artes e ofícios tradicionais.
Tem como finalidade proteger e divulgar as Artes Decorativas Portuguesas e os ofícios com elas relacionadas.
Foi tutelada pelo Estado Português até à publicação da nova Lei-Quadro das Fundações portuguesas de 2012.
Hoje, além do Museu de Artes Decorativas, a Fundação tem 16 oficinas de artes e ofícios tradicionais portugueses que mantêm vivo um importantíssimo património imaterial de saber-fazer e asseguram uma intervenção especializada a nível do património português com a sua vertente de conservação e restauro. Tem uma escola para ensino das Artes: A Escola de Artes e Ofícios, dando perenidade à transmissão do saber, onde o ensino das artes é uma prioridade e uma missão. Decorridas várias décadas a Fundação continua a ser uma referência de prestígio na divulgação e preservação do saber-fazer das artes decorativas portuguesas.
O Fundador
Ricardo Ribeiro do Espírito Santo Silva, colecionador e mecenas, nasceu em Lisboa em 1900 e morreu prematuramente em 1955
Foi banqueiro e empresário de profissão, alma de poeta e artista, mecenas das letras e das artes e colecionador de arte por paixão – o que lhe valeu ter sido considerado um verdadeiro “Príncipe da Renascença”.
Imbuído de um espírito extraordinário de serviço público, quase missionário, dedicou a sua vida a reunir com coerência artística e a trazer de volta a Portugal, comprando em leilões ou a colecionadores privados, um património artístico único que pelas vicissitudes da história foi disperso e, em alguns casos, considerado “desaparecido”.