Adoração dos Pastores
Silvestre Faria Lobo (1725-1785),
Século XVIII (final)
Terracota policromada
Inv. 124 e 125
Estes dois grupos em terracota integraram na sua origem um presépio mais vasto, seguramente composto por dezenas de outras peças expostas numa estrutura em madeira envidraçada. Destinados a enquadrar uma Sagrada Família, os dois grupos estariam bastante perto do observador, pelo que revelam especiais cuidados na modelação e policromia. Num vislumbra-se a assinatura FARIA correspondente a Silvestre Faria Lobo, um dos mais importantes entalhadores da segunda metade do século XVIII, com obra destacada em algumas salas do Palácio de Queluz, que desenvolveu igualmente atividade de presepista. Nestas imagens sobressaem algumas características que lhe são próprias: a teatralização dos gestos e a expressividade dos rostos, animados pela utilização de olhos em vidro, para além da atenção dada ao pormenor, presente, por exemplo, nos cestos com as oferendas onde se identificam pães, frutos, batatas e nabos.