Juramento de Viriato
Francisco Vieira Portuense (1765-1799)
Óleo sobre tela, c. 1798-1799
Inv. 1357
Em 1799, Vieira Portuense expôs na Royal Academy de Londres a pintura Juramento de Viriato. Oferecida ao príncipe regente, futuro D. João VI, e colocada no palácio da Ajuda até ser transferida com a corte para o Brasil onde se terá perdido, dessa composição resta o presente estudo preparatório.
A ideia do Juramento insere-se numa temática muito apreciada na época e que teve a sua origem num período próximo da Revolução Francesa para, em seguida, ganhar maior força e convicção (cite-se, a título de exemplo, o Juramento dos Horácios de Jacques- Louis David, 1784, Museu do Louvre). Tem sido sugerido que Vieira utilizou o Juramento de Viriato numa quase alegoria à situação internacional vivida na época. A Europa encontrava-se então acossada pelos exércitos de Napoleão Bonaparte e o artista passou a residir em Londres onde o sentimento anti-francês dominava. Parece assim existir uma certa componente nacionalista na representação deste popular herói que desafia um império poderoso. O império agora é outro mas é o inimigo comum dos povos.