Pierre-Antoine Quillard, atrib. (1703-1733)

Óleo sobre tela, c. 1720

Inv. 149

De formato oval, esta pintura retrata um dos principais soberanosportugueses da Idade Moderna que reinou durante quase toda a primeira metade do século XVIII, entre 1706 e 1750. A crescente aproximação aos principais centros artísticos europeus do seu tempo (Paris e Roma) foi uma característica dominante daquele período, levando à importação de inúmeras obras de arte e à contratação de artistas estrangeiros. Um dos pintores que então se deslocou a Portugal foi precisamente o francês Pierre-Antoine Quillard que obteve o elevado cargo de pintor régio e a quem se atribui o presente retrato onde o soberano nos surge bastante jovem, com armadura e farta cabeleira junto à coroa real. Para além de divulgar o estilo francês do retrato de aparato, Quillard que morreu precocemente em 1733 deixou-nos ainda algumas composições religiosas, bem como diversas gravuras destinadas a ilustrar obras então publicadas. Seguidor de Watteau, executou ainda algumas cenas galantes (colecção Casa Cadaval), género que tentou introduzir entre nós, embora sem grande continuidade.